17 de nov. de 2017

Nova série sobre O Senhor dos Anéis e renúncia de Christopher Tolkien

Essa semana bem que poderia ser chamada de "Semana Tolkien", dadas as notícias sobre o autor e suas obras que saíram em todos os lugares.


Primeiro, foi confirmado que a Amazon Studios irá produzir uma série de TV baseada em O Senhor dos Anéis, em parceria com a Tolkien Estate and Trust. A série terá várias temporadas e abordará histórias que não foram adaptadas para o cinema. Confira a declaração dos representantes dos projetos:

“O Senhor dos Anéis é um fenômeno cultural que capturou a imaginação de gerações de fãs através da literatura e dos cinemas” disse Sharon Tal Yguado, chefe da Scripted Series, Amazon Studios. “Estamos honrados de trabalhar com o Tolkien Estate and Trust, HarperCollins e New Line nessa excitante colaboração para a televisão e estamos ansiosos para levar os fãs de O Senhor dos Anéis em uma nova jornada épica na Terra Média.

Estamos encantados que a Amazon, com seu comprometimento de longa data com a literatura, seja o lar da primeira série televisiva de múltiplas temporadas de “O Senhor dos Anéis”, adiciona Matt Galsor, um representante do Tolkien Estate and Trust e HarperCollins. “Sharon e a equipe da Amazon Studios têm ideias excepcionais para trazer à tela histórias baseadas na obra de J.R.R. Tolkien que não foram exploradas anteriormente.”


A outra notícia que pegou todo mundo de surpresa (algumas pessoas de forma triste, como eu) foi a renúncia de Christopher Tolkien da direção da Tolkien Estate. Aos 93 anos, Christopher vem editando e publicando o trabalho inacabado de seu pai por muito tempo, sendo sua última contribuição a publicação de Beren and Lúthien no início desse ano.


O site TheOneRing faz uma análise muito boa sobre o papel de Christopher na direção da Tolkien Estate e como sua saída irá mudar a forma como as coisas são conduzidas no que diz respeito aos direitos para adaptações das obras de seu pai (a própria notícia sobre a nova série já é um reflexo dessa mudança). Para conferir o texto na íntegra, é só clicar aqui.


Meu comentário pessoal de fã: desde que vi a confirmação da produção dessa nova série, não botei fé. E continuo não apostando nisso. A obra de Tolkien ganha em complexidade de várias outras obras literárias e se as mais simples foram avacalhadas em suas adaptações (basta ver a última temporada de Game of Thrones), imaginem o que pode ser feito com o material de O Senhor dos Anéis que é variado e não chegou a ser adaptado. O Hobbit, que uma das histórias mais simples de Tolkien, foi adaptada e conseguiu, no final, ser uma decepção. O que resta a fazer é agradecer a Christopher Tolkien por todo o zelo com o qual tratou a obra do pai e esperar para ver no que essa nova adaptação vai dar.

15 de nov. de 2017

Amor e amizade & outras histórias (Jane Austen)


Título: Amor e amizade & outras histórias
Autora: Jane Austen
Editora L&PM Pocket, 140p.

Sinopse: Este volume traz três desses textos ficcionais de juventude, todos na forma de narrativas epistolares – contadas através de cartas. A novela “Amor e Amizade”, de 1790, mostra a troca de correspondência entre Laura, uma mulher madura, e Marianne, a jovem filha de uma amiga. Laura relata as desventuras amorosas da sua mocidade, à guisa de alerta. A história inclui amores proibidos e fugas da família, além de muitos – e hilários – desmaios. “As três irmãs” e “Uma coleção de cartas”, escritas entre 1791 e 1792, dão novas amostras do estilo cômico e do gênio que se tornariam marca registrada da grande autora.

Mais um livro de Jane Austen que de início eu não entendi muito bem. Adoro histórias em forma de narrativa epistolar, transformam os eventos quase em realidade, além do fato de poder ter em mãos finalmente mais uma obra do início da carreira de escritora. A terceira história me deixou no modo “revirando os olhos” o tempo todo, pela maneira meio idiota das personagens. O livro é bem pequeno, dá para ler em uma tarde, e claro que é recomendado.

13 de nov. de 2017

Tolkien pelos irmãos Hildebrandt (Gregory Hildebrandt Jr.)


Título: Tolkien pelos irmãos Hildebrandt
Autor: Gregory Hildebrandt Jr.
Editora Mythos Books, 151p.

Sinopse: A história e a arte dos calendários mais famosos do mundo criados pelos lendários Irmãos Hildebrandt! Um livro de luxo, em capa dura e formato diferenciado, repleto de ilustrações espetaculares para encher os olhos de qualquer fã de O Hobbit e O Senhor dos Anéis! O volume traz fotos de produção nunca antes vistas, comentários dos artistas e as mais pitorescas histórias contadas pelo filho de Greg Hildebrandt, que presenciou a criação de tudo quando pequeno... inclusive posando para vários dos quadros como... um hobbit! Uma obra que fã nenhum de Tolkien pode ser dar ao luxo de perder!

A primeira coisa que eu tenho que dizer é que para adquirir esse livro, foi uma odisseia rs Depois levei mais um tempão para ler, fiquei guardando ele só Deus sabe por quê. Finalmente peguei e simplesmente AMEI cada página.
As ilustrações são simplesmente fantásticas e como se não bastasse, o processo de criação e a descrição desses momentos de decisão dos irmãos Hildebrandt sobre a luz, as cores, os personagens e acontecimentos retratados são ótimos também, muito mais porque quem fala é o filho de Greg, Greg Jr., que junto com os amigos do pai e do tio, posava de modelo para as fotos que serviriam de moldes para as futuras pinturas que seriam usadas nos calendários de Tolkien. Me deu muita vontade de ter as pinturas em quadros gigantes para decorar minha casa rsrs. Livro encantador que mostra as ideias por trás das mentes de dois dos melhores ilustradores dos trabalhos de Tolkien. Nem preciso dizer o quanto é recomendado.

23 de out. de 2017

LiterAusten




Faz é tempo que eu estou para falar aqui desta revista criada pelo Jane Austen Sociedade do Brasil (JASBRA). Publicada semestralmente, a revista divulga artigos tanto de pesquisadores nacionais e internacionais quanto os trabalhos nos Encontros Nacionais da JASBRA. Para saber mais, só clicar aqui.

20 de out. de 2017

Tolkien and the Silmarils (Randel Helms)


Título: Tolkien and the Silmarills
Autor: Randel Helms
Editora Houghton Mifflin.

The Silmarillion is J. R. R. Tolkien's most complex and challenging work; this book attempts to provide a way through its difficulties with an account of its origins, sources, and themes, and of the relationship it bears to the author's other writings.

Na falta de uma sinopse, resolvi escolher esse trecho que diz tudo que se precisa saber sobre a pretensão do autor. Esse livro foi mais uma raridade (ele é de 1981!) que consegui e quis ler só para sanar a curiosidade. Mais uma vez, outro autor que dedica um capítulo inteiro para falar da mitologia presente em O Silmarillion. Fiquei decepcionada porque parece que o autor queria “jogar” a Bíblia em cada aspecto da obra de Tolkien, enquanto mal mencionava outras sagas que tiveram igual importância na criação da Terra-média, como Volsunga saga e a história dos nibelungos, só para citar exemplos. Esperei demais do livro, só valeu para matar a curiosidade, adoro O Silmarillion então tudo sobre essa obra me interessa.

18 de out. de 2017

O Diário Secreto de Lizzie Bennet (Bernie Su e Kate Rorick)


Título: O Diário Secreto de Lizzie Bennet
Autoras: Bernie Su e Kate Rorick
Editora Verus, 364p.

Lizzie Bennet tem duas irmãs, Jane e Lydia, uma mãe que é louca para casar as filhas como homens considerados bons partidos, e um pai um pouquinho indiferente. Estudante de pós graduação em comunicação, Lizzie tem a ideia de começar um vlog como projeto de conclusão do curso. Ao mesmo tempo, chega a cidade um jovem solteiro, Bing Lee, e a Sra. Bennet está resolvida a casar uma de suas filhas com ele. No meio dessa loucura, o projeto de Lizzie começa: ela vai filmar e mostrar no vlog partes de sua vida familiar e com seus amigos. Claro que ela também se dedica a falar dos novos vizinhos, inclusive de Darcy, o amigo carrancudo do Lee. O problema é que poucas pessoas sabem desse projeto, dentre esse seleto grupo é claro que não se incluem Lee e cia. A fama de Lizzie, dada a alta visualização de seus vídeos, também traz alguns dissabores e consequências desastrosas…

Eu fiquei muitíssimo curiosa a primeira vez que ouvi falar dos vídeos e desse livro. Sim, existem os vídeos, no formato de uma web serie no site Pemberley Digital (é só procurar por The Lizzie Bennet diaries), o livro só completa o que não foi filmado. Eu fiquei imaginando se eles conseguiriam envolver as principais temáticas da história: o romance Jane e Bingley e a trama que envolve Wickham. O resultado é uma história ótima e muito divertida, com todos os elementos da obra original de Jane Austen e até com um belo toque da ironia da escritora. Confesso que eu também fiquei imaginando de que maneira iriam colocar a situação desastrosa entre Lydia e Wickham e fiquei surpresa como as autoras conseguiram ajustar esse sub-plot na temática do livro. Ficou excelente. Livro completamente recomendado.

16 de out. de 2017

TCC sobre Tolkien disponível para visualização

Em 2011, eu falei aqui um pouco sobre meu TCC sobre Tolkien. Pois bem, essa semana, pesquisando sobre o autor, encontrei meu trabalho disponível para visualização no site da Biblioteca Digital de Monografias da Universidade do Pará.


Fiquei muito satisfeita de ver que já temos um repositório para os trabalhos acadêmicos da minha universidade querida, e mais feliz ainda quando vi meu trabalho lá.
Quem se interessar em dar uma olhadinha, basta procurar: A construção do leitor em Tolkien: Um estudo a partir do Fórum Valinor.

22 de set. de 2017

In the arms of Mr. Darcy (Sharon Lathan)


Título: In the arms of Mr. Darcy
Autora: Sharon Lathan
Editora Sourcebooks Landmark, 384p.

Darcy e Elizabeth continuam mais apaixonados que antes. O nascimento do filho, Alexander, só fez aumentar o romance dos dois. Os Bennet partem para visitar Pemberley e ficam encantados com tudo, desde a criança até a grande mansão. Em meio aos efusivos elogios a Elizabeth (por ter tido um menino e conseguir casar com um homem com a fortuna de Darcy), Mrs. Bennet faz os preparativos para o casamento de Mary e Mr. Daniels, Georgiana Darcy deixa a timidez de lado e aprende a flertar, e Kitty se apaixona pela primeira vez, mas acaba tendo o coração partido devido ao status de sua família. E Caroline Bingley finalmente consegue seu par.

Um livro grande, em comparação com a história bem simples, sem grandes reviravoltas. Geralmente quando pego um desses livros, fico esperando (pela quantidade de páginas) que tenha algum “mistério” a ser solucionado ou uma curiosidade a ser respondida. Não teve nada disso, exceto se for considerar por quem Caroline Bingley se apaixonou (ela é uma personagem tão enojante em Orgulho e Preconceito que eu considero as situações ao redor dela as atrações desse livro). Leitura leve e divertida, recomendada.

18 de set. de 2017

A queda de Artur (J.R.R. Tolkien)


Título: A queda de Artur
Autor: J.R.R. Tolkien
Editora WMF Martins Fontes, 286p.

A expedição do Rei Artur a terras selvagens, a traição de seu sobrinho Mordred e a fuga de Guinevere, Sir Lancelot e o retorno de Artur a Grã-Bretanha. Um poema escrito e não finalizado por Tolkien em duas versões, inglês e português, com observações e notas muito explicativas de Christopher sobre a escrita do pai, as lendas arturianas que fundamentaram a criação do poema. O livro traz também a relação do poema não escrito com a obra cosmológica O Silmarillion e a evolução da escrita do poema em sua forma publicada.

Demorou, mas finalmente resolvi passar este livro para o topo da minha pilha interminável de livros a serem lidos. Publicado em 2013, o livro se divide em duas partes: o texto de Tolkien e as anotações de seu filho Christopher. O texto que intitula o livro, o poema sobre Artur, infelizmente é inacabado. As anotações de Christopher SEMPRE são o atrativo nestas publicações, não somente porque os textos do pai na maioria das vezes são menores ou, como neste caso, inacabado, mas porque Christopher fala em detalhes do que existe por trás da escrita do trabalho de Tolkien. Em A queda de Artur, a parte de Christopher se divide em 4 sub-partes: notas sobre o poema, análise sobre o mito de história do Rei Artur e as obras que vem retratando essa história ao longo do tempo, relação do poema NÃO escrito com O Silmarillion.
Eu confesso que fiquei meio louca quando cheguei na parte do Christopher, tive que voltar e reler o poema enquanto lia sobre análise do mito de Arthur, porque Christopher não somente menciona outras obras que já abordaram a história do rei Arthur como diz no que o poema do pai se assemelha e diferencia delas, indo e voltando durante a narração “cronológica” dos acontecimentos.
O livro traz também a evolução da escrita do poema e a relação do poema com O Silmarillion, a saber, a relação entre a ilha de Avalon do Rei Arthur e Avallónë, a cidade portuária da ilha chamada Tol Eressëa, e Númenor, a ilha que um dia havia sido o maior reino dos homens (dentro da literatura tolkeniana) e que afundou quando seus habitantes se tornaram ambiciosos demais (a semelhança de Atlântida). Christopher mais uma vez teve um cuidado e esmero absurdos em mostrar as semelhanças e diferenças relacionando as obras do pai com outras sobre o rei Arthur quanto relacionando a criação de Tolkien entre si. Completamente recomendado.

8 de set. de 2017

Mr. Darcy’s secret (Jane Odiwe)


Título: Mr. Darcy’s secret
Autora: Jane Odiwe
Editora Sourcebooks Landmark, 348p.

Elizabeth e Darcy estão casados e no caminho para Pemberley. Eles recebem homenagens pelo meio do caminho, o que começa a mexer com Lizzie e sua ansiedade em se provar uma boa Mrs. Darcy. Sua amizade com Georgiana se fortalece a cada dia, assim como seu amor pelo marido, até que surge a primeira discordância entre o casal (sobre o futuro marido de Georgiana, pois Darcy, ansioso para ver a irmã segura, quer que ela case com um bom e rico partido, enquanto Elizabeth se recusa a aceitar que o marido queria negar a irmã o tipo de felicidade que conseguiu). Tudo piora quando Darcy acha que o jovem Thomas Butler, que não é nenhum lorde, se interessa por Georgiana e ela por ele. Ansiosa por ter chateado o irmão, a jovem aceita o noivado com o escolhido de Darcy. Elizabeth, mesmo furiosa e inconformada com a atitude de ambos, ainda tem que lidar com os mistérios que cercam um menino, a governanta de sua falecida sogra, e o constante veneno de quem não quer vê-la feliz com Darcy.

Li esse livro em uma tarde e não me arrependi. No início, achei que seria mais uma sequência chatinha sobre o casamento de Lizzie e Darcy, apesar do título, mas como o mistério das cartas é bem colocado desde o início da história, a leitura consegue chamar a atenção. Caroline Bingley também foi um fator que me prendeu porque eu sempre queria vê-la com cara de tacho quando achava que estava prejudicando Elizabeth. Bem construído e divertido, é uma sequência que eu indico.

4 de set. de 2017

The Song of Middle-earth (David Harvey)


Título: The song of Middle-earth: J.R.R.Tolkien's themes, symbols and myths
Autor: David Harvey
Editora HarperCollins Publishers, 157p.

Quais são os detalhes do pano de fundo histórico encontrado em O Senhor dos Anéis? Essa é uma das perguntas de David Harvey. Ele também manifesta sua insatisfação com o fato de que, apesar de Tolkien situar a história em um passado místico, a história da trilogia está situada no fim do ciclo (a queda do Um Anel retrata o fim daquele tempo) pouca coisa é encontrada nos apêndices dos livros que possam sanar a curiosidade, considerando que O Silmarillion foi publicado somente anos mais tarde e é o livro que traz mais informações sobre esse as épocas e personagens encontrados na trilogia.

I did not think that Tolkien's work was merely derivative - that he had examined other mythologies and extracted tales, elements and themes and plopped them into his creation. With great respect to the authors who have followed such a course, it is a simplistic one and unflattering to the creator. Nor did I think that mere critical comparisons with the earlier greats of English and European literature were wholly productive. There was something deeper and more meaningful to Middle-earth than that.

Insatisfeito também com a pouca literatura existente que analisem os mitos e lendas de onde Tolkien tirou seus embasamentos para criar seu mundo, David resolveu responder as próprias perguntas e o resultado é um livro que, examina os vários aspectos da mitologia nas obras de Tolkien.

A primeira coisa que o autor fala nesse livro é o sobre o que o levou a escrever, e eu repito que gosto quando, neste tipo de livro, os autores clarifiquem logo o que pretendem. Achei na internet e comecei a ler por mera curiosidade. Poderia ter gostado mais se não fosse a análise que ele faz dos maiores temas mitológicos presentes principalmente n’O Silmarillion, porque eu já vi em trabalhos acadêmicos observações bem mais aprofundadas. De qualquer forma, valeu para matar a curiosidade.

18 de jul. de 2017

Bicentenário de falecimento de Jane Austen


Em 18 de julho de 1817, a escritora inglesa Jane Austen falecia em Winchester, Inglaterra, aos 41 anos. Sepultada na Catedral de Winchester, foi somente depois que a biografia escrita por seu irmão James Edward Austen-Leigh havia sido publicada que seu epitáfio menciona que ela foi a autora de alguns dos romances conhecidos na época.

Eu conheci Jane Austen faz alguns poucos anos e desde o primeiro livro que li, me apaixonei pelo seu estilo de escrita e pelos seus personagens. Deixo aqui minha pequena homenagem: a estátua de bronze em tamanho natural de Jane Austen sendo revelada em Market Square, Basingstoke hoje:

Cortesia da página do facebook Jane Austen 200 

12 de jul. de 2017

Lançamentos de Jane Austen

O segundo semestre mal começou e já tem mais livro novo sobre Jane Austen por aí. O primeiro é o Jane & Me: My Austen Heritage, de autoria de Caroline Jane Knight, a última descendente do irmão de Jane, Edward Knight.


O segundo é O clube de escrita de Jane Austen, de Rebecca Smith, publicado pela editora Galera Record.

10 de jul. de 2017

Tolkien’s art (Jane Chance)


Título: Tolkien’s art: a mithology for England
Autora: Jane Chance
Editora University Press of Kentuck, 280p.

Publicado pela primeira vez em 1979, quando muitos trabalhos de Tolkien ainda não tinham chegado ao conhecimento do público, este livro de Jane Chance analisa o padrão de conflito nas obras de Tolkien através de um esboço do desenvolvimento de personagens adversários. Através de uma leitura crítica de O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion, (assim como obras não tão conhecidas como por exemplo Mestre Gil de Ham), analisando e também comparando-as com Beowulf: The Monsters and the Critics, um dos mais importantes trabalhos acadêmicos de Tolkien, a autora foca na questão da relação entre herói e vilão para demonstrar que, não somente Tolkien se interessava por literatura inglesa medieval, como seus estudos o levaram a criar uma mitologia para a Inglaterra.

A primeira edição desse livro data de 1979. Apesar de não ser a edição que eu tenho (gostaria das duas para poder compará-las), foi bom perceber que Jane, enquanto leitora, já havia notado que Tolkien queria escrever uma mitologia para a Inglaterra e tenha colocado esse assunto em um livro (o que, aliás, foi um posicionamento que o próprio Tolkien admitiu em uma de suas cartas que somente muito mais tarde chegou a conhecimento público, sob o nome “131” no livro As Cartas de J.R.R. Tolkien). Faz muito, mas muito tempo mesmo que eu tenho esse livro. Ficou guardado por vários motivos: a edição é em inglês e eu, apesar de ler e escrever melhor do que falo neste idioma, ainda tenho certa dificuldade; eu tinha outros na lista que queria ler primeiro; quando se trata de Tolkien, se tiver que escolher um livro que analise a obra dele ou algum de sua autoria, sempre vou deixar a a análise para depois. E assim foi ficando e ficando, até agora. Quis aproveitar o final do período letivo e comecei a ler, já que as coisas no trabalho começam a ficar mais calmas. 
Sobre a leitura: levei mais tempo lendo esse livro do que imaginava, não sei por quê. Na introdução, a autora já diz qual é o objetivo principal do livro, o que me atraiu atenção (é bom quando se especifica logo o assunto principal, ao invés de deixar com que o leitor descubra enquanto lê, sempre prefiro livros de análise onde o autor já faz isso). Uma afirmação que me deixou imaginando porque nunca havia reparado nisso antes está logo no início do livro, quando Jane diz que:

It is the social role and religious image of the lord and king through which Tolkien expresses his deepest philosophical and theological ideas. […] A pattern emerges upon an examination of the titles of other Tolkienian works. Either the title centers on the hero […] or, antithetically, on the hero’s chief adversary [...]

Apesar de já ter lido vários trabalhos acadêmicos, artigos e livros, onde os autores dissecam a imagem dos heróis e vilões nos livros de Tolkien, nunca havia notado que essa afirmativa está correta. Usando uma linguagem acessível, a autora divide o estudo em linhas temáticas e textuais, e em cada capítulo ela, utilizando as principais obras de Tolkien para mostrar como ele queria mesmo criar uma mitologia para a Inglaterra. Não somente isso, como ele teve sucesso. Livro muito recomendado.

21 de jun. de 2017

Lançamento: Grandes Obras de Jane Austen

A editora Nova Fronteira vai lançar, agora no mês de junho, uma nova caixa com três livros de Jane Austen: Orgulho e Preconceito, Razão e Sentimento e Emma, todos traduzidos por Lúcio Cardoso (o primeiro) e Ivo Barroso (os dois seguintes).


Como na outra caixa que a editora lançou (lembram da caixa com Razão e Sentimento e Novelas inacabadas?), as edições são capa dura e a diagramação é um verdadeiro primor.




A caixa já está a venda na Saraiva e na Amazon, com lançamento previsto para 26 de junho.

19 de jun. de 2017

Explorando o universo do Hobbit (Corey Olsen)


Título: Explorando o universo do Hobbit
Autor: Corey Olsen
Editora Lafonte, 256p.

Sinopse: Segredos e curiosidades de um dos livros mais lidos do século XX. Explorando o Universo do Hobbit é um livro divertido e visionário, que apresenta uma interpretação detalhada de O Hobbit, um dos maiores clássicos da literatura fantástica. Por meio de uma jornada capítulo a capítulo através do clássico de Tolkien, Corey Olsen realiza uma análise profunda, revelando detalhes que muitas vezes não são percebidos pelos leitores e expectadores, que tornam a leitura do original mais rica, curiosa e ainda mais relevante. Enfim, este não é um simples guia de leitura, mas uma obra para a compreensão dos principais aspectos de O Hobbit, a filosofia na construção de cada etapa da história, capaz de transformar a leitura comum em uma experiência única.

Corey Olsen é um professor de literatura muito conceituado, que explora as obras de Tolkien em seus estudos e ensinamentos. Dito isso, você percebe logo de cara que um livro dele falando d’O Hobbit tem muito a dizer. Através das suas análises que destrincham os significados dos elementos e personagens que compõe a história, o leitor também consegue entender mais o próprio Tolkien. As análises são muito boas e bastante profundas, vale cada minuto da leitura.

22 de mai. de 2017

Obras inacabadas (Jane Austen)


Título: Obras inacabadas
Autora: Jane Austen
Editora Landmark, 208p.

Sinopse: Escrito por volta de 1804, deixado inacabado, terminado por sua sobrinha Catherine Hubback e publicado na metade do século XIX, com o título The Younger Sister, provavelmente abandonado após a morte dos pais da escritora, “OS WATSONS” é uma tentadora e altamente deliciosa história cuja vitalidade e otimismo centra-se sobre as perspectivas conjugais das irmãs Watson em uma pequena cidade provincial. “SANDITON”, iniciado sob o título The Brothers, em 1817, deixado incompleto e publicado em 1925, foi o último romance escrito por Jane Austen, situado em uma cidade à beira-mar e seus temas dizem respeito à nova sociedade de consumo especulativo e prenunciam as grandes convulsões sociais provenientes da Revolução Industrial.
“PROJETO DE UM ROMANCE” é um trabalho curto, de cunho satírico, escrito provavelmente em maio de 1816. Foi publicado em forma completa pela primeira vez por R. W. Chapman em 1926, tendo aparecido alguns extratos, em 1871, na biografia de Jane Austen escrita por seu sobrinho, James Edward Austen-Leigh. Considera-se que nesta obra, temos o relato mais importante do que Jane Austen entendia como sendo seus objetivos e sua visão pessoal como romancista.
Nos Capítulos Originais de “PERSUASÃO” podemos aprender mais sobre o consumado talento artístico de Jane Austen e seus maravilhosos poderes de autocrítica; e que prova – de forma incontestável – o padrão de perfeição no qual ela insistia em todos os aspectos. Pois esse é de fato uma parte do rascunho final, acabado: o romance completo que, quando ela o escreveu, deixara-a satisfeita e tinha sido planejado para publicação. Mesmo assim, continuou a ser objeto de cuidadosa meditação, e as reflexões de uma noite a convenceram de que ainda poderia ser melhorado adiante.

Me jogaram um balde de água fria na cabeça. Foi exatamente essa a sensação que tive quando terminei de ler cada uma das histórias desse livro. Depois de ler e reler os seis romances de Jane Austen, é sempre um prazer quando se tem em mãos obras como esse livro, porque dá gosto de ler novas histórias com aquele toque irônico que só Jane Austen consegue trabalhar tão bem. O problema foi que a cada final, eu tinha que me lembrar que Sandition e The Watsons são histórias i-na-ca-ba-das, e isso meio que levou a loucura hahahahaha O toque final no livro são os capítulos extras de Persuasão, que (eu achei) não fizeram muita falta a história (o que conta em Persuasão, para mim, é a carta, A carta, então, eu encarei esses capítulos como simples partes adicionais). Vale muito a pena.

19 de mai. de 2017

A sabedoria do Condado (Noble Smith)


Título: A sabedoria do Condado
Autor: Noble Smith
Editora Novo Conceito, 174p.

Sinope: Um guia do Hobbit para a vida de milhões de fãs do J.R.R. Tolkien. Smith mostra que uma toca-hobbit é, na verdade, um estado de espírito e como até as menores pessoas podem ter o valor de um Cavaleiro de Rohan. Ele explora assuntos importantes para os hobbits, como cerveja, comida e amizade, mas também assuntos mais sérios, como coragem, vida em harmonia com a natureza e bem versus mal. Como prazeres simples como jardinagem, longas caminhadas e refeições deliciosas com amigos podem fazer você significativamente mais feliz? Por que o ato de dar presentes no seu aniversário em vez de recebê-los é uma ideia tão revolucionária? E como podemos carregar nosso próprio “anel mágico” sem sermos devorados por ele? "A Sabedoria do Condado" tem a resposta para essas perguntas.

Gosto de acreditar que Tolkien tenha sido o primeiro historiador da realidade alternativa.

É assim que Noble Smith começa seu livro. Foi uma leitura fácil e rápida, até porque eu queria muito ler esse livro faz tempo. Fui deixando de lado porque minha lista de leitura estava muito grande, e também eu achava que seria mais um desses livros em que o autor pega as obras de Tolkien e sai analisando cada parte deles de acordo com temas filosóficos. Na verdade, o livro é uma análise, mas Noble colocou algumas de suas próprias experiências para ilustrar seu ponto de vista, e isso fez o livro valer a pena. Sua maneira de escrever é clara, a linguagem não é complicada, o que deixou a leitura ser divertida. Lançado na época do filme d’O Hobbit, esse pequeno livro-guia de como-a-sua-vida-pode-ser-boa-se-você-tiver-bons-ideais é muito recomendado.

17 de mai. de 2017

Austenlândia (Livro X Filme)



Título: Austenlândia
Autora: Shannon Hale
Editora Record, 240p.

Jane Hayes tem 33 anos, tem boa aparência e um bom emprego, mas também uma longa lista de relacionamentos fracassados. Talvez isso se deva ao fato de que Jane, fanática por Jane Austen e Orgulho e Preconceito (mais especificamente apaixonada por Mr. Darcy), vive suspirando por Mr. Darcy de Colin Firth. Ela simplesmente fica esperando que apareça em sua vida um homem tão perfeito quanto o personagem e acredita realmente que nasceu na época errada. O que Jane nem imagina é que uma tia-avó que mal conhece deixa para ela de herança uma viagem, sem chance de reembolso, programada em direção a uma comunidade turística chamada Austenland (Austenlândia), em Pembroke Park, na Inglaterra. Esse lugar recria o mundo que Jane Austen retrata em seus livros, com todos os detalhes possíveis. 
De malas prontas e resolvida a se curar de sua paixonite por Mr. Darcy, ela embarca, jurando que vai voltar uma nova mulher. Ao chegar, ela recebe o nome de Jane Erstwhile e a aclimatação começa: ela não tem permissão para manter o celular, não existem equipamentos modernos a vista, todos as pessoas (atores pagos para entreter os hóspedes) se vestem como se estivessem vivendo no século XIX, enfim, são muitas mudanças. Apesar de Jane amar os livros, ela sente uma dificuldade em se adaptar e precisa lidar com o cavalheiro mal-humorado Mr. Nobley e começa a se interessar por Theodore, um dos servos da casa. Mesmo com as dificuldades, e mesmo conhecendo muito sobre Orgulho e Preconceito, sua estadia em Pembroke Park vai ensinar muita coisa a Jane, principalmente, como Elizabeth Bennet, a jovem vai passar a conhecer melhor a si mesma.



Eu vi o filme bem depois de ler o livro (a versão em inglês). Claro que a adaptação muda algumas coisas, mas eu não esperava que fosse mudar tanta coisa. O início do filme é bem divertido, mostrando o nível do fanatismo de Jane. Só que, em vez de receber uma herança de parente, é a própria Jane que paga sua viagem para Austenlândia, depois de sua amiga intimá-la a acabar com a obsessão por Mr. Darcy. Sua chegada é hilária, graças ao fato dela se vestir a caráter.
Outra mudança (pelo menos eu achei que foi uma mudança) foi o fato de Jane não sentir tanto a falta de coisas modernas, como acontece no livro (talvez porque no filme ela esconda logo de cara o celular em suas roupas para que ninguém descubra). O desdém de Mrs. Wattlesbrook por ela, que comprou o pacote mais barato, eu também percebi que é mais aparente no filme, enquanto o puxa-saquismo fica reservado para os hóspedes que podem pagar mais, como Elixabeth Charming, que nunca leu um livro de Austen e cujas regras de etiqueta do lugar ela praticamente não segue.


Para cada um dos personagens no “resort”, praticamente existe alguém que se assemelha a um personagem de Orgulho e Preconceito: o taciturno Mr. Nobley lembra Mr. Darcy, Lady Amelia Hartwright parece uma das irmãs bem-nascidas e insuportáveis de Bingley. Além disso, o aparecimento de um coronel sempre movimenta os eventos.
Uma das coisas do livro que (ainda bem) deixaram no livro é o desencantamento de Jane pela era de Jane. Quando ela se cansa dos tediosos jogos de carta e resolve passear na propriedade, dá de cara com Martin, o ator que representa o cocheiro. Ela começa a se interessar, e nesse momento, o leitor começa a jurar que ele será o Wickham de Jane… A disputa Nobley-Darcy e Martin-Wickham por Jane também foi bem feita, bem legal de se ver.


A convivência com Nobley, antes frustrante, começa a melhorar, e no baile, quando ele se declara, ela finalmente percebe que não consegue mais viver um faz de conta.
O final, claro, é diferente do livro. De modo geral, eu adorei. Diverte, faz você querer experimentar, como Jane, os costumes da época de Austen, e como não podia deixar de ser, faz você querer (pelo menos eu quis) ser praticamente disputada por dois homens completamente opostos rsrs Indicado.

31 de mar. de 2017

Ferreiro de Bosque Grande (J.R.R. Tolkien)


Título: Ferreiro de Bosque Grande
Autor: J.R.R. Tolkien
Editora WMF Martins Fontes, 164p.

Sinopse: Esta história fascinante de um andarilho que encontra o caminho para o perigoso reino da Terra-Fada está sendo publicada pela primeira vez no Brasil. Esta edição inclui um manuscrito do rascunho original de Tolkien para a história, as ilustrações de Pauline Baynes, notas sobre a gênese, a cronologia e o final alternativo da história e um longo ensaio sobre a natureza da Terra-Fada, tudo inédito até agora. Estão contidas em 'Ferreiro de Bosque Grande' muitas ligações interessantes com o mundo da Terra-média e também com os demais contos de Tolkien, e nesta "edição ampliada" o leitor finalmente descobrirá a história completa por trás dessa importante peça de ficção breve.

Como sempre, ler livros de Tolkien é um prazer. Não somente porque eu sou fã declarada, mas porque eu simplesmente adoro a quantidade de detalhes que vem em cada publicação. Não é somente a história título, mas as notas informativas sobre primeiras publicações, a escrita da história e seus rascunhos, e o que eu mais gostei neste livro, os fac-símiles com a versão rascunhada da história. Além, é claro, das ilustrações. A melhor parte (eu acho) é quando Verlyn Flieger fala do que Tolkien definia e considerava histórias de fadas e seu conceito, e as considerações sobre a qualidade da história. A própria história em si é bem leve, mas não é só por isso que eu recomendo o livro, tanto para fãs quanto para qualquer um; as notas e considerações dos editores acerca da criação da história valem muito a pena.

29 de mar. de 2017

Anunciado lançamento de nova versão do jogo Monopoly, baseado em Jane Austen

Foi anunciado uma nova verão do jogo Monopoly, o Winchester Monopoly, baseado em Jane Austen.



As peças podem incluir a estátua do Rei Alfredo, o Grande e a catedral de Winchester, e as notas bancárias do jogo podem trazer um retrato da autora. Além disso, os residentes podem dar nomes aos locais da cidade para preencher os espaços no tabuleiro.

27 de mar. de 2017

Lançamento de John Ronald’s Dragons, de Caroline McAlister


Mais uma notícia fresquinha (e atrasada, graças aos meus milhões de tarefas que me deixaram sem tempo de fazer o que eu gosto direito). O Tolkien Talk falou do lançamento de um livro chamado John Ronald’s Dragons: the story of J.R.R. Tolkien.

Esse livro, que vai contar a história da vida de J.R.R. Tolkien com uma linguagem mais infantil, está previsto para ser lançado em 21 de março (semana que vem) e vai ser ilustrado. Confiram a sinopse traduzida no site do Tolkien Talk.

24 de mar. de 2017

Biblioteca Bodleiana anuncia lançamento de Tolkien: The Maker of Middle-earth

Ando meio sumida daqui, mas estou sempre atrás de notícias. E eis que acabo de ver pelas páginas do facebook do Tolkien Talk e da Tolkien Society que em 2018 a Biblioteca Bodleiana irá lançar um novo livro, chamado Tolkien: The Maker of Middle-earth, escrito pela arquivista Catherine McIlwaine. 
Essa publicação irá coincidir com a grande exibição que irá acontecer em junho de uma vasta coleção de manuscritos de Tolkien. Grande parte do material, que inclui cartas, ilustrações e outros materiais nunca foi posto para exibição pública. 
A Universidade Marquette, em Milwaukee, Wisconsin, EUA, também detém manuscritos originais de Tolkien. Falei sobre isso aqui faz tempo, basta dar uma olhada aqui
Para quem quiser saber mais sobre a Biblioteca Bodleiana, a principal biblioteca de pesquisa da Universidade de Oxford, basta clicar aqui.

21 de mar. de 2017

Tolkien Talk

Eu ainda não havia falado desse site aqui, então vou falar agora. O Tolkien Talk surgiu da iniciativa de dois amantes de Tolkien, Sérgio Ramos e Cesar Augusto Machado, em discutir e divulgar a obra de Tolkien. Eles criaram um canal no Youtube e começaram a postar vídeos onde abordavam vários assuntos relacionados a Tolkien e sua obra.



O canal surgiu ano passado e de lá pra cá só veio crescendo. Os vídeos são de ótima qualidade e os meninos sabem falar muito bem de qualquer tópico. Agora tem também um site (de mesmo nome), onde sempre tem um notícia para os fãs (e de onde eu já comecei a roubartilhar, porque, todo blog que se preze precisa de uma fonte de novidades segura :P )
Como eu os conheço há tempos, resolvi que já era mais do que hora de falar e propagar esse canal aqui. Fica a dica, vale muito a pena, tanto o canal quanto o site.

20 de jan. de 2017

Diários de Jane Austen em exibição na Biblioteca Britânica

Em 18 de julho de 2017, Jane Austen completará 200 anos de falecida. Para marcar o bicentenário de sua morte, três diários seus com histórias e ilustrações serão exibidos juntos pela primeira vez na Biblioteca Britânica.


Nos mesmos formatos dos romances do século XVIIIl (com os nomes dos volumes escritos nas capas), os diários são escritos pessoais que sobreviveram e que contam os anos de juventude da autora. Uma amostra:

“Primeiro volume”
“Segundo volume”
“Terceiro volume”

No site da BBC, tem um artigo de autoria de Fiona Macdonald onde ela descreve o que encontrou ao ver os diários. Para ler mais do que se tratam os escritos, basta clicar aqui.

18 de jan. de 2017

Lançamentos de Jane Austen



Eu vi essa notícia no site Jane Austen em Português e pulei de alegria.
Como vocês já devem ter visto por aí, a editora L&PM já publicou os romances mais famosos de Jane Austen. Recentemente, a editora anunciou que Lady Susan, Os Watson e Sanditon e Amor e amizade e outras histórias já estão na gráfica.
Ambos os livros foram traduzidos por Rodrigo Breuning e as ilustrações das capas ficaram a cargo de Birgit Amadori.

16 de jan. de 2017

Organizando minhas leituras - parte 3


Como eu falei que mostraria, eis a foto dos adesivos que encomendei. Achei que ficaram ótimos e só estou passando rapidinho para mostrar que já comecei a usá-los:


4 de jan. de 2017

Organizando minhas leituras – Parte 2

Continuando com os posts sobre meu caderno de organização de leituras. Já mostrei o caderno em sim, hoje vou falar das categorias que dividi os meus livros. O Skoob até que me ajudou nisso, me inspirei nele e resolvi criar as divisórias: Tenho, Desejados, Comprados, Filmes e Músicas, e para meus blogs, Meu Cantinho Literário e O Fantástico Mundo da Leitura. As divisórias foram outra coisa que eu tentei fazer mas não deu certo, então comprei na loja Doce Sweet. O trabalho ficou impecável:


Nas categoria Tenho, eu resolvi fazer subdivisões e marcá-las com adesivos, dividindo por autores e gêneros. Antes eu iria dividir somente entre gêneros, mas eu tenho muita coisa de e sobre Jane Austen, J.R.R. Tolkien, C.S. Lewis, J.K. Rowling e George R.R. Martin, então resolvi criar divisões para deles. Além dessa divisão entre autores, também tenho divisões para as categorias História, Biblioteconomia (que são as duas faculdades que fiz) e para Letras, outro curso que eu sempre me interessei e por isso fui adquirindo livros sobre. As divisões seguintes são referentes aos gêneros literários: Biografia, Contos, Distopia, etc.
Na categoria de Desejados, anoto os livros que penso em adquirir um dia; em Comprados eu vou anotar os livros adquiridos (por troca também). Aliás, o motivo do caderno ser argolado foi justamente por causa dos livros que eu compro, queria um caderno que durasse mais de um ano, e com um argolado eu só preciso comprar as folhas.
Na categoria de Filmes e Músicas eu anoto os dvds e cds que me interessam, também separados por adesivos indicando o que é Dvd e o que é Cd.


Na categoria dos blogs, eu anoto os livros cujas resenhas serão postadas neles. Por exemplo, eu anoto todos os livros sobre Jane Austen e J.R.R. Tolkien dentro da divisória do blog Meu Cantinho Literário porque esse é o meu espaço dedicado a eles, que são os meus dois escritores favoritos e dos quais eu tenho mais livros.


Na divisória do blog O Fantástico Mundo da Leitura, eu anoto as leituras dos meus outros autores que eu também gosto muito, C.S. Lewis, J.K. Rowling e George R.R. Martin, além dos outros vários livros da minha estante.


Sobre as divisões de autores e gêneros, que eu resolvi marcar com adesivos, eu também tentei fazer utilizar as imagens que eu queria e mandei imprimir em papel etiqueta A4. A impressão ficou boa, na hora de colar no papel que eu não curti muito, então mandei fazer. Os adesivos dos autores e gêneros ainda não tenho comigo, encomendados da loja Vamos papelar. Assim que chegar eu mostro.

2 de jan. de 2017

Organizando minhas leituras – Parte 1



Olá, 2017!!!
Mais um ano de blog, mais um ano de desafios literários, mais um ano comprando livros sem diminuir a lista de leituras...
Minha primeira postagem esse ano vai ser para falar do meu novo método de organização de leituras. Além do Skoob, eu sempre tive um caderno para anotar os livros que tenho. Faz uns dois anos que eu usava cadernos mais ou menos usados (aqueles cadernos de 200 folhas que nunca usei todo e acabaram ficando por aqui). Eu dividia por autores e gêneros, mas depois tive vontade de organizar melhor porque alguns livros eu só sabia qual era o gênero depois que lia, mas aí já tinha escrito no caderno e ficava uma bagunça.

Ano passado andei dando uma pesquisada para saber como leitores organizados como eu faziam para deixar tudo arrumadinho e dividido. Achei várias blogueiras mostrando seus cadernos de organização de leitura e fui me inteirando mais sobre como fazer. Eu até tentei customizar cadernos pequenos que tinha aqui (fiz algumas primeiras tentativas com um caderno de receitas que eu também queria para arrumar as receitas que estavam todas espalhadas), mas não deu certo. Enquanto tentava criar o meu próprio caderno, também sai procurando entre as blogueiras que trabalham com artesanato e scrapbook para saber os valores de cadernos customizados. Depois de muita busca, eu achei no site Elo7 tudo que eu queria: caderno, divisórias (para as categorias Tenho, Desejados, etc) e adesivos (para dividir entre autores e gêneros).

O caderno e as divisórias estão prontos, falta só eu receber os adesivos para que eu possa anotar os livros.
Como é um caderno de organização de leituras, eu queria uma capa que remetesse a livros ou histórias. Depois de muito procurar na internet por alguma imagem que me satisfizesse, entrei sai procurando pelo site Elo7 algum modelo de caderno argolado bonito e barato (porque preço é muito importante kkk) até que finalmente a vendedora da loja Do meu jeito me respondeu. Aí foi só esperar fazer e chegar e... tcharãããã


Nos próximos posts eu falo mais sobre as categorias que divido meus livros e também sobre o Blog Planner, a agenda de planejamento para blogueiras que descobri e agora quero usar todos os que encontro por aí.