16 de abr. de 2015

A última canção de Bilbo (J.R.R. Tolkien)


Título: A última canção de Bilbo
Autor: J.R.R. Tolkien
Editora Martins Fontes, 151p.

Os portadores dos anéis de poder estão de partida para o Oeste, a ponto de tomar o navio para as Terras Imortais. No porto , Bilbo Bolseiro compõe sua última canção, refletindo sobre a partida da Terra-média e os amigos que ficam para trás. O livro é pequeno, fácil de ler e conta com os desenhos da ilustradora favorita de Tolkien, Pauline Baynes. As ilustrações maiores mostram a cavalgada para os Portos Cinzentos, enquanto no final de cada página, os desenhos mostram os acontecimentos principais de O Hobbit. O livro também conta com notas de tradução e explicativas no final. Existem duas versões deste livro, uma em capa dura azul (a que eu tenho) e uma em capa brochura branca. Até onde sei, a diferença fica só no formato mesmo (mas ainda tenho vontade de comprar a edição brochura para conferir). Um livrinho lindo, que vale muito a pena, não só por ser de Tolkien ou pelo excelente trabalho de Baynes, mas por toda a nostalgia que a leitura provoca. Recomendadíssimo.

14 de abr. de 2015

Lady Susan (Jane Austen)


Título: Lady Susan
Autora: Jane Austen
Editora Landmark, 151p.

Lady Susan é uma jovem viúva que busca um casamento vantajoso para ela e para sua filha, Frederica. No entanto, a moça não tem interesse no pretendente que sua mão está tão empenhada em assegurar para ela. Sua vida gira em torno dos vários convites para visitas aos parentes de seu falecido marido. Um escândalo que liga Lady Susan aos Manwaring precede sua chegada a propriedade de seu cunhado: ela teria sido expulsa por Mrs. Manwaring por tentar seduzir o marido da dona da casa e o noivo de sua cunhada. Apesar disso, Lady Catherine Vernon, esposa do irmão de seu falecido marido, recebe-a, mas logo detecta o perigo, pois Lady Susan se põe a flertar com seu irmão, Reginald. Apesar dos pais dele se intrometerem e o próprio rapaz garantir que não corre perigo, as cartas de Catherine para sua mãe são sempre cheias de receio por causa da proximidade deles. Ao mesmo tempo, Lady Susan tenta fazer a filha se comprometer com Sir James Martin, ignorando os sentimentos da moça, enquanto a cunhada tenta se intrometer de todas as formas. Quando todos os seus planos vão por água abaixo, Lady Susan acaba fazendo o que parecia ser sua intenção desde o início.

Acabei de ler esse livro, um dos poucos de Jane Austen que ainda não havia lido. Estou meio sem saber o que pensar, porque geralmente quando pego um livro da autora, já fico na cabeça que vou me apaixonar pela protagonista. Na introdução, eu estranhei quando se menciona que Lady Susan era muito diferente das heroínas de Austen que os leitores estão acostumados a ver (de tão habituada que estou com Elinor Dashwood e Elizabeth Bennet, fiquei me perguntando como Lady Susan poderia ser tão diferente). Acontece que ela é diferente mesmo. Tão diferente que não pude evitar de compará-la com personagens do tipo Caroline Bingley. Além disso, o livro é escrito na forma epistolar, na forma de carta. Através das cartas trocadas entre os personagens, o leitor vai conhecendo cada um e os acontecimentos em torno deles. Fiquei pasma, não tenho como definir melhor, com a personagem principal, com sua falsidade e fingimento porque, como já disse, não são características que costumo associar as heroínas austenianas (as cartas entre ela e sua amiga sobre o marido dela e os flertes que ela costuma “desenvolver” sem o menor pudor ou vergonha por brincar com sentimentos alheios foi o que mais me impressionou e até divertiu também). Enfim, com todas essas surpresas, eu adorei. A história, o formato em que ela é contada e claro, amei Lady Susan também, apesar de todo o seu coquetismo porque tenho consciência que nunca conseguirei odiar uma heroína “ou anti-heroína” de Jane Austen.